Sabe quando você entra numa casa e escuta aqueles piadinhos alegres vindos de algum canto? Foi exatamente isso que aconteceu comigo na casa da minha vizinha, dona Maria. Lá estava um pequeno periquito-australiano verde-limão cantarolando como se fosse o dono do mundo.
Confesso que até então eu achava que passarinho em casa era coisa complicada. Mas bastaram alguns minutos observando aquele bichinho esperto para mudar completamente de opinião. E olha, não foi só eu não – meio Brasil inteiro tá se apaixonando por essas pequenas criaturas.
Os encantos do periquito-australiano que ninguém te conta
Vou ser bem sincera com vocês: quando alguém fala de bicho de estimação, a gente pensa logo em cachorro ou gato, né? Mas esses periquitinhos australianos têm algo especial que mexe com a gente de um jeito diferente.
O periquito-australiano (com esse nome científico complicado que nem vou tentar pronunciar) chegou por aqui há um tempão. Lá na Austrália, os nativos chamavam ele de “betcherrygah”, que significa “boa comida”. Meio estranho, eu sei, mas cada cultura tem suas peculiaridades.
Hoje em dia, esses bichinhos estão espalhados pelo mundo inteiro. E tem um bom motivo pra isso.
De onde veio essa paixão toda?
Lá das terras do canguru
A história começa bem longe daqui, nas planícies australianas. Imagina só: bandos e mais bandos desses periquitos coloridos voando livres por lá. Deve ser um espetáculo e tanto!
Por volta de 1850, alguém teve a brilhante ideia de trazer esses bichinhos para outros países. E deu no que deu – todo mundo se apaixonou.
Como chegaram até nossos lares
Quando desembarcaram no Brasil, não demorou muito para conquistar a galera. São sociáveis, se adaptam bem e, convenhamos, são uma gracinha mesmo.
Qualquer pessoa consegue criar um em casa, mesmo morando naqueles apartamentinhos pequenos. Não precisa de muito espaço, não fazem sujeira demais… É o bicho perfeito para quem quer companhia sem complicação.
O que faz eles serem tão especiais assim?

Tamanho bom de casa
Uma das primeiras coisas que me chamou atenção foi o tamanho. São pequenininhos – uns 18 centímetros só. Cabem numa gaiola que não ocupa nem metade da mesa da sala.
E olha que a gaiola nem precisa ser gigante. Com uns 70 centímetros de comprimento já tá bom demais. Claro que quanto maior, melhor para eles se mexerem.
Macho ou fêmea? Tem segredo nisso
Quando são novinhos, é quase impossível saber quem é quem. Mas depois de crescidinhos, fica fácil: olha ali em cima do biquinho. Se for azulzinho, é macho. Se for marrom ou meio rosado, é fêmea.
Simples assim.
As cores que você nem imagina
Nossa, que variedade! Tem verde tradicional, azul, amarelo, branco… Alguns são tão raros que custam uma fortuna. O branco e o amarelo, por exemplo, são difíceis de achar.
Mas independente da cor, todos têm o mesmo jeitinho carinhoso e brincalhão.
Eles são mesmo sociáveis assim?
Bicho de grupo por natureza
Gente, esses periquitos adoram companhia. Na natureza, vivem em bandos enormes. Em casa, se você tiver só um, ele vai querer grudar em você o tempo todo.
São curiosos, espertos e adoram uma boa conversa. Tem uns que até aprendem a falar algumas palavrinhas básicas.
Inteligência que surpreende
O que mais me impressiona é como são ligeiros para aprender. Reconhecem a voz do dono, sabem quando é hora da comida, identificam pessoas diferentes…
Tem dia que eu fico olhando e pensando: “Como um bicho tão pequeno pode ser tão esperto?”
Jeito carinhoso de demonstrar amor
Aqui vem uma parte meio nojentinha, mas que é puro amor: eles regurgitam comida para mostrar carinho. É isso mesmo que você leu.
Na natureza, os pais fazem isso para alimentar os filhotes. Entre adultos, é sinal de afeto. E às vezes fazem isso com a gente também. É estranho, mas é carinho puro.
Como cuidar direito desses pequenos

Comida boa faz toda diferença
A base é semente de qualidade mesmo. Nada de comprar aquelas misturas baratas do mercado. Complementa com frutinha picadinha, verdura fresca… Eles adoram.
Água sempre limpinha, claro. Troca todo dia, sem falta.
Casa confortável
Não precisa de luxo, mas tem que ter o básico: espaço para voar um pouquinho, poleiro para pousar, cantinho para comer e beber.
E um detalhe importante: se possível, tenha dois. Eles ficam bem mais felizes assim.
Companhia é fundamental
Periquito sozinho fica meio tristonho mesmo. Na natureza, vivem em grupos. Em casa, se não tiver outro periquito, você vai ser a companhia dele.
E olha, eles são bem grudentos quando gostam da gente.
Comparando com outras aves que a galera cria
Ave | Tamanho | Facilidade | Barulho | Vida útil |
---|---|---|---|---|
Periquito-australiano | Pequeno | Muito fácil | Moderado | 10-15 anos |
Canário | Bem pequeno | Fácil | Pouco | 8-12 anos |
Calopsita | Médio | Um pouco mais difícil | Mais barulho | 15-25 anos |
Agapornis | Pequeno | Moderado | Moderado | 12-18 anos |
Por que ter um faz bem pra gente?
Relaxa que é uma beleza
Depois de um dia puxado, chegar em casa e ver aqueles bichinhos fazendo suas artes é terapêutico. O cantinho deles, os movimentos graciosos… Relaxa mesmo.
Ensina responsabilidade
Principalmente para as crianças, ter um periquito ensina muito sobre cuidar de outro ser vivo. Não é complicado demais, mas também não pode esquecer.
Companhia de verdade
Se bem cuidado, pode viver mais de 10 anos. Imagina só: mais de uma década de companhia fiel. Vale muito a pena.
Popularidade ao longo dos anos
Interesse pelo periquito-australiano no Brasil
Alta | ★
| ★ ★
| ★ ★
Média | ★
| ★
Baixa |_______________★_____________
1980 1990 2000 2010 2020 Hoje
Verdade ou mito sobre esses bichinhos?
“São barulhentos demais”
Olha, eles fazem barulho sim, principalmente de manhã e no final da tarde. Mas nada exagerado. É bem menos que um cachorro latindo, por exemplo.
“São muito frágeis”
Mentira! São aves resistentes. Raramente ficam doentes se bem cuidadas. Muito mais resistentes que gente imagina.
“Dão muito trabalho”
Pelo contrário. São bem independentes. Claro que precisam de cuidados básicos, mas nada de outro mundo.
Tipos diferentes que existem por aí

Os clássicos
Verde tradicional, azul, amarelo… Esses são os mais comuns e também os mais em conta.
Os mais raros
Branco puro, alguns com desenhos diferentes… Esses são mais caros, mas não mudam nada no comportamento.
Padrão inglês
Tem uns que são um pouquinho maiores, com penas mais “fofas”. São bonitos, mas custam bem mais caro.
Época de reprodução e filhotes
Quando fazem ninhos
Na natureza, se reproduzem mais no inverno australiano. Aqui no Brasil, com o clima diferente, podem reproduzir quase o ano todo se as condições estiverem boas.
Como se comportam
O ritual de acasalamento é uma gracinha. O macho fica cantando, dançando, oferecendo comida para a fêmea… É quase como gente mesmo.
Quem manda na relação
Curiosidade: as fêmeas são mais “bravas” e dominantes. Elas que decidem tudo na hora da reprodução.
Saúde em dia
Sinais de que tá tudo bem
Periquito Australiano saudável tem penas brilhantes, olhos vivos, come bem e fica pulando pela gaiola. Gostam de tomar banho, principalmente no calor.
Quando prestar atenção
Se parar de comer, ficar quietinho demais ou com penas arrepiadas, melhor dar uma olhada. Às vezes é só um dia meio “off”, mas não custa observar.
Cuidados preventivos
Uma vez por ano no veterinário de aves já resolve. E manter tudo limpinho em casa, claro.
Como eles podem mudar sua rotina
Manhãs mais alegres
Acordar com aquele cantinho matinal muda tudo. Mesmo nos dias mais chatos, eles conseguem arrancar um sorriso da gente.
Toda família se envolve
As crianças adoram ajudar a cuidar. É uma ótima forma de ensinar responsabilidade sem ser pesado demais.
Momentos de contemplação
Tem horas que eu fico só observando eles. É relaxante, sabe? Uma pausa gostosa no meio da correria.
“Os pássaros nos ensinam que a felicidade está nas coisas simples: um bom banho de sol, uma refeição gostosa e a companhia de quem gostamos.” – Dr. Konrad Lorenz, que estudou comportamento animal
Dicas para quem quer começar

Preparando a casa
Antes de trazer o bichinho, deixa tudo pronto: gaiola, comida, brinquedinhos… Eles são curiosos e vão querer explorar tudo.
Primeiros dias
Vai com calma. Fala baixinho, se move devagar… Deixa eles se acostumarem com o ambiente novo. Cada perequitinho tem seu tempo.
Criando uma rotina
Eles gostam de rotina. Comida no mesmo horário, limpeza regular… Isso deixa eles mais seguros e felizes.
Treinamento básico
Ganhando a confiança
Paciência é a palavra-chave. Não adianta querer forçar. Vai oferecendo comidinha na mão, falando baixinho… Com tempo, eles vêm.
Ensinando truquinhos
Alguns aprendem a subir no dedo, outros respondem ao nome… Nada muito complicado, mas é divertido.
Tempo livre fora da gaiola
Com supervisão, podem voar pela casa. É bom para o exercício e para eles se sentirem mais livres.
Alimentação completa
Comida | Frequência | Quantidade | Por que é bom |
---|---|---|---|
Ração específica | Todo dia | 1-2 colheres pequenas | Base da alimentação |
Maçã picadinha | 2-3x na semana | Pedacinhos pequenos | Vitaminas |
Couve | 3-4x na semana | Folhinhas | Ferro e fibras |
Água limpa | Todo dia | Troca diária | Fundamental |
Questões legais e cuidados
Comprando certinho
Sempre compre em lugares licenciados. Pet shop confiável ou criador registrado. Nada de feira ou lugar duvidoso.
Responsabilidade com o animal
Ter um bichinho é responsabilidade séria. Precisa de cuidado, carinho, veterinário quando necessário…
Não pode soltar na natureza
Mesmo que seja “para dar liberdade”, nunca solte um periquito Australiano criado em casa. Eles não sobrevivem e ainda podem prejudicar outras espécies nativas.
Comunidade de criadores
Grupos e fóruns
Tem muita gente que cria e adora trocar experiência. Grupos no Facebook, fóruns… É legal para tirar dúvidas.
Eventos e exposições
Em algumas cidades têm exposições de aves. É interessante para conhecer variedades diferentes e aprender mais.
Veterinários especializados
Nem todo veterinário entende de aves. Procure um especialista na sua cidade.
Principais pontos sobre os encantos do periquito-australiano:
• Vêm da Austrália mas se adaptaram super bem ao Brasil
• São sociáveis, espertos e carinhosos com quem cuida bem • Existem várias cores lindas, cada uma mais bonita que a outra
• Cuidar é mais simples do que parece
• Vivem bastante tempo quando bem tratados
• Os periquitos Australiano fazem companhia de verdade, não é só enfeite
• Relaxam e fazem bem para o humor da família toda
• Cabem perfeitamente em apartamentos pequenos
• São inteligentes e alguns até aprendem palavrinhas
• Têm comportamentos engraçados e interessantes de observar
• Dão pouco trabalho comparado com outros bichos • Ensinam responsabilidade para as crianças
10 dúvidas que todo mundo tem
1. Quanto tempo um periquito vive? Entre 10 e 15 anos normalmente, alguns chegam aos 20 se muito bem cuidados.
2. Eles realmente aprendem a falar? Os machos têm mais facilidade, mas não espere conversas longas – são palavrinhas básicas mesmo.
3. É melhor ter um sozinho ou em dupla? Dois ficam bem mais felizes, são animais que gostam de companhia da própria espécie.
4. Que tamanho de gaiola precisa? No mínimo 70cm de comprimento, mas quanto maior melhor para eles se exercitarem.
5. Posso deixar voar pela casa? Pode sim, mas sempre supervisionado e com janelas fechadas para não escapar.
6. Como saber se é macho ou fêmea? Olha a cor em cima do bico: azul é macho, marrom ou rosa é fêmea.
7. Fazem muito barulho mesmo? Cantam mais de manhã e fim de tarde, mas nada exagerado como alguns falam.
8. Precisa levar no veterinário? Uma vez por ano para check-up, ou quando notar algo estranho no comportamento.
9. Dá para criar em apartamento pequeno? Perfeitamente! São ideais para espaços menores por serem pequenos e adaptáveis.
10. O que comem no dia a dia? Ração específica como base, complementada com frutas e verduras frescas picadinhas.