Um cão sem-abrigo chamado Pituco deixou as ruas de Curitiba, no Brasil, para viver num ambiente seguro depois de ser encontrado por duas jovens. O caso sublinha o impacto imediato que a adoção responsável pode ter na vida de um animal abandonado.
Encontro fortuito junto a um supermercado
A namorada de Fer Macedo deparou-se com Pituco em frente a um supermercado local. O animal, um pequeno vira-lata, permanecia encolhido e atento a qualquer aproximação humana. No dia seguinte, a jovem constatou que o cão continuava no mesmo local, sem sinais de ajuda.
Comovidas, as duas mulheres começaram por divulgar fotografias do animal nas redes sociais na tentativa de encontrar um lar temporário ou um adoptante definitivo. Sem resposta imediata, decidiram acolhê-lo, apesar de estarem ainda a adaptar-se a outro cão recentemente resgatado.
Processo de socialização gradual
Pituco chegava à nova casa visivelmente inseguro. Tremia sempre que alguém se aproximava e evitava o contacto físico, comportamento comum em animais vítimas de abandono ou maus-tratos, segundo o American Kennel Club. Para ultrapassar este quadro, o casal recorreu a rotinas estáveis, reforço positivo e respeito pelo espaço do animal.

Imagem: canaldopet.ig.com.br
O método mostrou-se eficaz. Em poucos dias, o cão começou a aceitar mimos, alimentava-se com regularidade e já não se escondia à passagem dos tutores. A expressão antes marcada pelo medo deu lugar a sinais de confiança e bem-estar.
Reflexo mais amplo da adoção responsável
A experiência vivida por Fer Macedo e pela companheira evidencia como gestos simples — partilha de informação, acolhimento temporário e paciência — podem alterar por completo o destino de um animal abandonado. O caso de Pituco é mais um exemplo de que a adoção responsável continua a ser uma das formas mais eficazes de combater o abandono e promover o bem-estar animal.