Textura, cheiro, temperatura e rotina pesam na decisão de um cão diante do comedouro. A constatação resulta de dados reunidos pela veterinária Mayara Andrade, da GranPlus (BRF Pet), que destaca a importância de adequar a dieta às preferências individuais sem comprometer o equilíbrio nutricional.
Textura influencia saúde bucal e aceitação
Crocantes, macios ou mistos, os grãos determinam não só o prazer durante a refeição como também a facilidade de mastigação. Ajustar o tipo de ração ao estado dentário ou à idade do animal pode evitar desconforto e melhorar a adesão ao plano alimentar. Segundo Andrade, consistência, tamanho e densidade dos pedaços devem ser avaliados caso a caso.
Olfato comanda o apetite
Com menos papilas gustativas que os humanos, os cães recorrem ao olfato apurado para selecionar o que comem. Aroma intenso e temperatura adequada elevam a palatabilidade, reforçando a procura da indústria por fórmulas equilibradas e de forte atratividade olfativa. A recusa do alimento pode sinalizar desagrado com ingredientes ou modo de apresentação.
Rotina e horários fixos favorecem a digestão
Manter horários previsíveis ajuda o organismo canino a processar melhor os nutrientes. A recomendação geral aponta para duas refeições diárias — manhã e final da tarde —, evitando noites de desconforto gástrico. Após atividades físicas intensas, a orientação é oferecer alimento sem demora para prevenir problemas digestivos.

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Individualidade deve guiar escolhas
Preferências variam consoante fatores fisiológicos, comportamentais e ambientais. Aroma, sabor, tamanho e humidade dos grãos influenciam a aceitação, tornando essencial a observação do tutor: entusiasmo perante o prato, ingestão completa ou sobras frequentes são sinais que ajudam a ajustar a dieta. Mesmo com adaptações, a base deve permanecer completa e balanceada, garantindo saúde e prazer ao animal.